quinta-feira, 30 de setembro de 2010

Mundo dos Canários.


O mundo é uma bola.
E o Rei do Mundo é Péle.

O mundo é torto.
E o Rei do mundo é Garrincha.

O mundo é um queixo.
E o Rei do mundo é Ademir.

O mundo é pequeno.
E o Rei do mundo é Romário.

O mundo é romano.
E o Rei do mundo é Júlio César.

O mundo é um pedal.
E o Rei do mundo é Robinho.

O mundo é futebol.
E a capital é o Brasil.

Mundo, mundo vasto mundo.
Se eu me chamasse Raimundo.
Seria uma rima, não uma Seleção.

Por: Cícero Augusto.

quinta-feira, 23 de setembro de 2010

Todas as coisas.

E como a água na calha, que molha
E como o fogo morto, que queima
É como o gelo pontudo, que arde,
É como a chuva chovendo, que leva.

Sou como o dia trazendo trabalho
E como a tarde trazendo preguiça,
Mas nem a noite nervosa me atiça,
E a madrugada formando o orvalho.

Molha, queima, arde e leva.
A água, o fogo, gelado na chuva a treva.
Sou como um deus dentro de um deus,
O sim o não a chegada e o adeus.


Por:Rossano Coutelo.

quinta-feira, 16 de setembro de 2010

Noite Chuvosa.

Não esperava a chuva
E aquelas palavras.

A despedida que você prometeu
Tinha champanhe e escargôs,
Como podes me oferecer um vinho barato
Junto com essas frases difíceis de digerir?

Sabia que um dia iria acabar, mas não
Pensei que fosse deste jeito:
Você com um guarda-chuva lilás
e
Eu com uma camisa antiga,
Sentados em um banco de uma praça velha.

Com água caindo do céu,
batendo no chão.
Que batia em mim,
Que chorava em mim.
Gota por Gota, orvalho de coisa triste.
Minha flor fica ensopada de saudade.

O céu desabou sobre minha cabeça,
e neste instante sentir o sabor
amargo das noites que hão por vir.

Noites em que você não está.
São noites mais longas e frias.
São noites sem perfume e poesia.
Sã noites sem risos e cantares.
São noites sem música e rosa.
São vidas sem cor em toda parte,
Que secam e murcham em uma noite chuvosa.

Por que tudo acaba antes do fim?


Por: Cícero Augusto

quinta-feira, 9 de setembro de 2010

Quase nunca.

Acordaste as seis em ponto,
não tem nada te impedindo,
talvez fosse um peregrino,
ou guardasse algum espanto.

Agora estás quase perto,
um bocado de amores,
quase sempre sem ardores,
nunca fosse tão esperto.

Ajudaste onde podia,
escreveu três poesias,
era o máximo que fazias,
quase nunca ela cabia. 





Por: Rossano Coutelo.

quinta-feira, 2 de setembro de 2010

CadÊ Miguel?


Nasceu?
Por que, essas gotas de lágrimas em sua manga, você escondeu?
Chega à hora, afinal que o tome por seu?

E o nome, foi você que escolheu?
Tanta alegria, São Pedro choro, por isso choveu?
Amarás a mulher que uma criança lhe deu?

E os gritos dele, seu coração amoleceu?
Lembras das mudanças que você prometeu?
Por que o silêncio? Sua língua o gato comeu?

Você sabe que é um presente de Deus,
Um filho em sua vida, o destino ofereceu,
Agora podes, parti em paz, no momento do derradeiro adeus.


Por Cícero Augusto.