quinta-feira, 16 de setembro de 2010

Noite Chuvosa.

Não esperava a chuva
E aquelas palavras.

A despedida que você prometeu
Tinha champanhe e escargôs,
Como podes me oferecer um vinho barato
Junto com essas frases difíceis de digerir?

Sabia que um dia iria acabar, mas não
Pensei que fosse deste jeito:
Você com um guarda-chuva lilás
e
Eu com uma camisa antiga,
Sentados em um banco de uma praça velha.

Com água caindo do céu,
batendo no chão.
Que batia em mim,
Que chorava em mim.
Gota por Gota, orvalho de coisa triste.
Minha flor fica ensopada de saudade.

O céu desabou sobre minha cabeça,
e neste instante sentir o sabor
amargo das noites que hão por vir.

Noites em que você não está.
São noites mais longas e frias.
São noites sem perfume e poesia.
Sã noites sem risos e cantares.
São noites sem música e rosa.
São vidas sem cor em toda parte,
Que secam e murcham em uma noite chuvosa.

Por que tudo acaba antes do fim?


Por: Cícero Augusto

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