quinta-feira, 25 de novembro de 2010

Drummond e Pampers.


São fraldas e livros,
Noites com sono.
Madrugadas vividas a favor de um sonho.

São mamadeiras
Quentes na beira do fogo.
São roupas sujas e limpas de novo.
A paciência é a virtude
Na hora do sufoco.

Entre gritos e choros,
Foi feito o parto.
Mas é no decorrer
Da vida é que se “come o dobrado”.

São versos escritos
Em um lenço umedecido.
Drummond recitando  na beira do caminho,
Uma pedra que um dia vai me chamar de “painho”.


Por: Cícero Augusto.

quinta-feira, 18 de novembro de 2010


Até depois da morte.

Se existe estações no mar
se existe insolação na lua
será que alguém vem nos buscar?
conta uma história tua.

Se o tempo não manchasse tanto
se os erros fossem esquecidos
só você enxugará meu pranto,
da saudade dos momentos vividos.

Se a velhice fosse passageira
se a gente abusasse da sorte
eu te amo de tal maneira,
que ficaremos juntos até depois da morte.


Por: Rossano Coutelo.

quarta-feira, 10 de novembro de 2010

Quando se Perde no Futebol.


O silêncio na torcida...
Passos tristes se movem para fora do campo.
Alguns homens no chão, será o cansaço?
Deveriam estar em pé, é futebol.

Chuteiras com cravos na grama,
Corações pisados por cravos.
Cadê a rosa?
A rosa ,‘arrasou com meu projeto de vida’.
A rosa alaranjada.

O peito do torcedor
Deveria ter uma caneleira,
Para agüentar o carrinho de uma derrota.
Que sempre nos deixa no chão,
Machucados, doloridos.

O gol não feito,
É uma perda a mais.
Uma bola que não entra,
É uma lágrima que sai.

A cabeça baixa e
Na bandeira um lenço,
esperança perdida.
Tudo faz parte de um jogo,
Tudo faz parte da vida.


Por: Cícero Augusto.

quinta-feira, 4 de novembro de 2010

Dança da podridão.

Sangra e mostra teu sangue azul
acorda e conta todo teu tesouro
ele é o mais tendencioso
dono de si e dos outros
Se pudesse teria sangue de ouro.

Sangra e mostra teu sangue nobre
tenta inutilmente transformar ouro em cobre
ele é o mais malicioso
engana a todos, o mais maldoso
não sabe como gasta seu tempo ocioso.

Seu dinheiro não é seu, é dos outros
rouba tanto, que pensou em abrir um banco
com o nome: "Tesouro da corrupção"
mas sempre fez questão de dizer a todos
que nunca viu uma nota de cem na sua mão.

Nunca teve um tostão,
tudo que ganhou foi com a força do seu braço
quero saber quem é o otário,
que vai cair nessa enrolação, mas não se preocupe
depois de uns anos aparecem outros, na micareta da eleição.

Por: Rossano Coutelo