quinta-feira, 3 de junho de 2010

Poema Vida.

Acordas de um sono
Distante, irreal.
Conservas ainda aquele olho inchado
E sensível à luz. O sonho enfraquece o corpo,
Mas revigora a alma.
Pisas agora na realidade, e o chão está frio.

Desde de menino negas
Tua incapacidade, tua fraqueza
E teus erros. Nunca aceitasse um cigarro,
Nem também um carinho de teu pai.
Teus irmãos eram bons, tua mãe era boa,
Tua tia, até teu cão. Já tu, reclamavas do vento.

Amava as coisas do teu quarto,
O computador com teus textos,
Os livros de bolso,
Tua pequena coleção de Cd’s e
Um travesseiro velho que recostavas a cabeça.
Odiava a casa e seus barulhos.

Tua adolescência foi como todas as outras,
difícil e insuportável.
Respostas a tudo.
E incoerência para quase tudo também.

Descobrisse o amor.
Descobrisse o desamor.
E depois chorasse de novo.

Nunca fosses inclinado
Para o álcool e nem o fumo.
Teus vícios eram outros.
De segunda a sexta Escola.
Ler durante o sábado e
Rir com os amigos no domingo.
Mulheres? Foram poucas em sua vida,
Entretanto intensas, uma lhe mostrou o verdadeiro
amor e outra lhe deu um filho.

Tudo mudou.
O que restou foi apenas Olinda
E suas igrejas.

Estas agora com 18 anos,
Com pouco cabelo,
Um filho
E muita saudade.


Por: Cícero Augusto.

2 comentários:

  1. Parace que vc ta falando de vc mesmo , verdade?!
    rs rs

    ResponderExcluir
  2. Meu Irmão Cícero !! Acreditas que ganhastes um leitor assíduo ?? :D Belos textos meu IRmão ;)
    Um abraço fraterno do seu irmão Matheus Cardoso"

    ResponderExcluir