quinta-feira, 19 de agosto de 2010

O amor tá em Cartaz.


Comprei uma pipoca e um refrigerante
E fui ver a estréia do amor.

Ganhei um chapéu e uma camiseta,
Com a frase: “Eu te amo!”.
Amanhã eu te mostro.
Se o nome ainda estiver escrito.

Casais enfileirados,
Se beijam, se abraçam,
Se amam.
Eu na fila da minha tristeza espero.
Minha alegria nunca comeu ‘comida de panela’. Por isso ela é tão fraca, frouxa,
Cai em qualquer esquina.

A sala é liberada.
Todos se movimentam,
Menos meu pensamento que insiste
Em você.

Me sento com dificuldade,
Ninguém percebe,
Mas trago comigo o peso
Da minha tonelada-emoção.

O público atônito e ansioso,
Espera o amor aparecer.
Já eu, espero apenas você chegar.

As luzes se apagam.
O filme começa.

O amor ta em cartaz!
Mas se você não dar bilheteria,
Eu te largo.
E assisto qualquer bobagem
De Hollywood.


Por Cícero Augusto

4 comentários:

  1. muito bonitos seus poemas! sempre fico impressionada ao lê-los!gosto inclusive dos seus temas, do seu eu-lirico que constituem personagens diversas...e ao falar do amor voce me encanta ainda mais!
    Parabens!

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  2. Falar de amor pode até parecer batido, mas vc faz isso com uma maestria que torna uma novidade contagiante... Parabéns!!!

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