O Bloco não para,
com tanta gente que chega.
Capiba na mesa de um bar tomando cerveja.
O Bloco não para,
com o passista em ação.
Bach no maracatu com a alfaia na mão.
O Bloco não para,
não vê o passar das horas.
Miles Davis com seu trompete na Rua da Aurora.
O Bloco não para,
com o Galo na rua.
Um verso de Sade descrevendo uma mulher nua.
O Bloco não para,
por mais que se insista.
O povo cantando nas ladeiras de Olinda.
O Bloco não para,
por mais que se cante.
Alceu dançando frevo numa comédia de Dante.
O Bloco não para, e segue tocando.
E os foliões na rua dançando.
O Bloco não para, e nem vai parando.
Cícero Augusto.
Muito massa, aliás, festa massa para a massa!!
ResponderExcluirO legal é que o tema é de massa (povo), mas com um toque intelectual.
P.S: adoro carnaval!!!
kkkkk
concordo com Jane. festa pra massa com toque intelectual. mas quem disse q a massa n merece intelectualidade?!
ResponderExcluirparabéns!
Belas imagens. Encontros impossíveis e possíveis em nosso carnaval. Impossíveis pelo impossível do tempo; possíveis pelas fantasias e pela eternidade grandiosa das influências. O frevo tem um toque de jazz, alguma música segue "cantante" às rimas de Dante, além das imagens de Inferno, Purgatório e Paraíso. Versos de Sade... sim, muitos. E a cerveja, o batuque, o Galo, a ladeira, o frevo rasgado lançam à mente o pensamento: "Jesus, quanta alegria nos homens!" Ave Bach!
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