quinta-feira, 14 de outubro de 2010

Retenção subjetiva do olhar.


A inspiração que bate
depois do exercício, o quilate
negro olho tenso, estala
na tua pálpebra estranha, dilata.
 

O teu esforço de longe disfarça
a tua cara já mostra essa farsa
se queres ser o palhaço que seja
olhe os teus olhos retenha e veja.

Finja ser o retalho da sobra,
a parte miúda que seca e não molha
não queira ser escravo da sorte.

Pois é a sorte que corta com ponta,
pois essa sorte é a mesma que conta,
os teus passos a caminho da morte.



Por: Rossano Coutelo

Um comentário:

  1. Tava devendo uma visita cara...é a correria....mas valeu ter entrado aqui de novo...Um abraço cara!

    ResponderExcluir