segunda-feira, 15 de março de 2010

Soneto ao nada.

Arrasta-te em minha alma, ó nada!
Nesta noite de perdidos sonhos tecida
teu opaco açoite meu corpo permeia
sob as estrelas empalidecidas ao céu nu.

Navega-me tu, ó nada que lavra
a poesia concreta, clara e polida
meditada em tua maré dorida –
o vácuo fecundo que sentem os poetas.

Ó nada, és estéril e florescente,
pois sendo vazio, és crescente em tudo,
desde em meu peito, onde ecoas mudo.

E puro sentimento, vibração com louvor.
Daqueles que te sentem, ó nada,
da inspiração, és o grande senhor!


Gabriel Navarro.

6 comentários:

  1. Já disse a Gabriel que gostei muito desse Soneto...mas não entendo por que ele não gostou dele.

    ResponderExcluir
  2. Olá galera! Bom, Viviane, acho que naquele dia eu estava morgado, e por isso devo ter dito que não tinha gostado. Li novamente agora, e gostei! ^^
    Vou fazer umas alterações. Brigado aew, Rossano, por publicar uma coisa minha eu teu blog. Sinto-me honrado, senhor! =P
    Valeu galera pelos elogios! Aceito (des)logios tb, beleza? Rárárárá.

    ResponderExcluir
  3. Ah, mudando de assunto. Alguém tá afim de montar um grupo de estudo sobre poesia?

    ResponderExcluir
  4. Olá Cicero e Rossano, saudações!!!

    Foi uma grata surpresa
    conhecer este blog
    cuja essência preludia
    um intelecto nobre.


    Leonardo Mello

    ResponderExcluir